Quando alguém que valorizamos & admiramos, seja família ou amigos, elogia alguma característica de alguém ou critica a forma de estar ou de se comportar de outra pessoa, imediatamente ligamos o nosso scanner interno e começamos a pensar onde eu sou como aquela pessoa que foi elogiada e onde não sou como aquela pessoa que foi criticada.
Assim, na nossa procura da aceitação, em busca da não solidão, corremos a identificar situações na nossa vida para comprovar que sou o que os outros gostam que eu seja.
Será que seremos apenas isso? a boa profissional, que é sempre honesta? a pessoa que coloca os outros à frente, para que a dinâmica familiar funcione? a boa amiga, que é recatada e não cria situações embaraçosas em público? a boa namorada, que não amua nem discute?
Ou será que, por vezes sou honesta e por vezes não sou? O que pode salvar o dia, quando digo ok a algo que não gosto, mas não me custa muito fazer. Ou se por vezes sou egoísta e outras vezes sou altruísta? Se gostas de algo que tenho, mas como me faz falta e não te empresto. Ou se por vezes sigo as tuas sugestões mas outras vezes nem te ouço, o que pode resultar em discussões e amuos.
Existe muita flexibilidade em compreendermos que todos os dias estamos um pouco diferentes, e principalmente em aceitarmos que nem sempre nos apetece responder às situações da mesma forma. Hoje digo que sim quando me pedes algo e amanhã digo que não quando me pedes a mesma coisa. O corpo muda de ideias, muda de vontades.
A desidentificação de que eu sou assim, fixa, e a aceitação de que nunca vou conseguir corresponder ao que esperas de mim, Liberta-me. E a partir desse Espaço, posso existir:) Posso respeitar este corpo, esta mente, este espírito.
# Alquimia # Matriz do Feminino # Libertação