O tempo e o espaço parecem estar enlaçados, sem grandes planos a longo termo nem a longa distância.
O bairro, a casa, o quarto passou a ser a distância que medimos, um pouco claustrofobicamente.
As dimensões passaram de ser medidas a semanas, meses, semestres, existindo agora na unidade do dia, da hora e espantemos-nos do minuto.
Os milhares de quilómetros, gomos percorridos da terra, são agora medidos a metros, centímetros e louvemos esta pequena existência do milímetro. Milímetros de pasta dentífrica gasta, de chá e de vinho bebido, de arroz na embalagem, de páginas lidas, de mensagens escritas.
O presente, o momento do agora, está mais próximo, mede-se em fracções de minuto e de milímetro. Está aqui, para estarmos naturalmente com ele.
E embora tudo pareça pequeno, demasiado fácil de alcançar, arrisco dizer que um pouco desprezível, poderemos concordar que deixamos de ser engolidos pela correria de agarrar o próximo semestre longínquo e a seguinte milha digital ou aérea. E o que é palpável, imediato, próximo, real, exequível, junto a mim, aqui mesmo ao meu lado, a uma distância que posso agarrar, passou a estar disponível para mim. e assim também nós para eles.
#Amor Incondicional #Aceitação